quinta-feira, 19 de agosto de 2004

Brilhante!

Há algumas semanas após ter regressado do Brasil, um amigo falou-me pela primeira vez nele. Visto ser uma fonte bastante credivel no que toca a livros, tornou-se para mim prioritário adquirir esta obra. Devo dizer que não só as minhas expectativas se confirmaram como foram até superadas. O livro de que vos falo é o tão badalado livro do momento, O Código Da Vinci de Dan Brown. Este é sem dúvida um dos melhores livros que já li, aborda alguns dos temas mais quentes e mais apaixonantes da história da humanidade como a vida de Cristo, a Bíblia, a igreja e como não podia deixar de ser o Santo Graal. O livro aborda estes temas de um ponto de vista que rompe com o que está convencionado e o que fomos ensinados a acreditar. Não deixa de ser mais uma teoria e a sua veracidade ou a força da sua mensagem, deixo para vocês lerem e de vossa justiça formarem uma opinião. Na minha opinião, é um ponto de vista bem interessante e que de certa forma explica séculos de contradições históricas e posições e atitudes de uma parte da igreja que são no mínimo questionáveis. Não se enganem ao ler o que escrevo, sou crente por isso estou à vontade para falar. No entanto esclareço que a minha fé não me obriga a acreditar e a concordar com todas as crenças e atitudes da igreja. Leiam, não se vão arrepender, quando começarem a ler provavelmente não vão conseguir parar e tal como eu aproveitarão todos os momentos para se agarrarem ao livro, no comboio, ao pequeno-almoço, na hora de almoço ou antes de dormir. Sinto quase uma obrigação moral de fazer propaganda a este livro tal foi o impacto que a sua mensagem teve em mim, daí este post. Abraços de um Piri, boa noite!

Ainda os JO

Nesta altura em que temos os Jogos Olímpicos, torna-se complicado para um amante do desporto como eu não utilizar os mesmos como ponto de partida para cada comentário que publique neste blgo. Acabo de ter uma boa notícia, Miguel Maia e João Brenha foram repescados. Vou estar a torcer por estes rapazes que me incutiram o gosto pela modalidade que praticam durante os JO de Atlanta em 1996. Espero que o resto do torneio lhes corra melhor pois eles fazem parte dos atletas que não têm visibilidade constante garantida nos nossos órgãos de comunicação, a bola que eles utilizam tem como única comparação com a Roteiro o facto de ser redonda e por isso, creio que qualquer que seja o resultado final, não vou ficar chateado pois nota-se que estes atletas estão a desenvolver um grande esforço para a sua realização pessoal mas também do seu país. Não fiz esta referência anteriormente mas não ficaria de consciência tranquila se deixasse passar a oportunidade de exaltar a magnífica prestação de Sérgio Paulino, um quase desconhecido da esmagadora maioria dos Portugueses, eu incluido pois só o conhecia de nome e não acompanhava a sua carreira até ao dia em que venceu a medalha. Li recentemente um post num blog de um amigo, www.badasso.blogspot.com , a sua descrição sucinta da paixão que tem pela modalidade do basquetebol, não me posso comparar a ele no que toca ao ciclismo mas posso afirmar que sou um apaixonado, sou um dos que vi a partida às 11 da manhã, acompanhei na Eurosport a emissão até esta ser interrompida, voltei a ligar no mesmo canal às 13h, e alternei mais tarde com a RTP para ver algo que nunca esperaria, Sérgio Paulino acabar em segundo! Enquanto via grande parte da prova, a minha esperança ia toda para Cândido Barbosa, com o apoio de três compatriotas, Cândido daria-nos uma alegria, infelizmente este grande ciclista abandonou a prova, por momentos o meu entusiasmo baixou, mas comecei a ver um Português nos lugares da frente do pelotão e o formigueiro começou... a fuga que ele levou a cabo com um italiano aumentou os nervos e quando soube que ele tinha vencido a prata, que alegria!... Parabéns Sérgio, e boa sorte nesta nova etapa. P.S. vou comprar uma bicicleta de ciclismo para juntar à minha preciosidade do B.T.T. , quem sabe daqui a 4 anos sou eu a subir ao pódio... hehehe! Enquanto escrevo sobre portugueses que me dão orgulho, muitos outros ficam por referir, só estou a falar dos casos que me merecem mais destaque pelo meu gosto particular pelas modalidades que praticam, no entanto, ao mesmo tempoi que escrevo, penso se vou mencionar o verdadeiro motivo pelo qual iniciei este Blog, a selecção Olímpica de futebol... Na verdade, este tema não merece muito comentário da minha parte, existem demasiados culpados para este resultado. Desde uma federação que não condenou veemente, excepto um ou outro dirigentes diga-se em abona da verdade, a vergonha que alguns destes "rapazes" nos fizeram passar ao destruir um balneário em França depois de um jogo brilhante em que eliminaram aquela que para mim é a mais forte selecção jovem europeia da actualidade, passando por uma convocatória discutivel ao incluir atletas que em nada contribuiram para a presença nas olímpiadas deixando de fora quem por direito deveria lá estar, com clubes e treinadores a pressionarem o seleccionador, uma convocatória condicionada pelas pressões dos poderosos, jogadores que entravam em campo a pensar no seu clube e no lugar que precisam de conquistar, discussões constantes e imcompreensiveis entre estes jogadores durante os jogos, criticas dos dirigentes fedarativos ao seleccionador em pleno estágio, discurso paternalista do seleccionador... Tanta coisa errada que devo estar a esquecer alguma parte da história, talvez adeptos que preferem que os jogadores façam a pré-época no clube e disputem pré-eliminatórias da liga dos campeões ou supertaças ( nacionais e europeias)... Acho que quem disse melhor foi o comentador da RTP, Alexandre Albuquerque - VERGONHA! Já estou esgotado de falar sobre este assunto... Como adepto do Glorioso SLB não posso deixar de referir o artigo que Leonor Pinhão escreve na Bola de hoje, 5ª feira, dia 19-08-04, dá que pensar, se puderem leiam.

sábado, 14 de agosto de 2004

Jogos da Paz

Ontem ao ver a cerimónia de abertura dos jogos Olimpicos Atenas 2004, fiquei impressionado pela grandeza do espectáculo, pela beleza do mesmo que foi na minha opinião um espectáculo imponente e digno do grande acontecimento que são os JO. Uma cerimónia magnifíca do princípio ao fim, preparada ao pormenor, quer do ponto de vista do entretenimento bem como da segurança, aspecto tão compreensivamente badalado nos últimos tempos. Mas, houve algo que me marcou mais que as danças, o fogo de artifício, o espectáculo de lazer ou o acender da chama olímpica. Desde sempre os jogos foram incapazes de se dissociar da política, este ano não foi, obviamente, excepção. Os acontecimentos mais recentes são por demais graves para serem ignorados pelas pessoas do mundo e os espectadores presentes no Estádio Olímpico manifestaram-se quando algumas comitivas entravam dizendo de sua justiça por aplausos ou assobios o que pensam das políticas desses mesmos países ou da sua capacidade de resistir. Poderão dizer que os atletas não têm culpa das políticas do seu governo, sem dúvida que não a têm, mas não são eles que estão a ser assobiados e só não compreende isso quem não quer ver o mais evidente. Argumentarão talvez que nao foi a totalidade dos espectadores que se manifestou, mas não poderão ignorar o número de pessoas que o fez, foi esmagador. É na minha opinião gratificante ver a pequena comitiva da Palestina ser aplaudida com fervor, sei que em JO anteriores problemas houve com rebeldes palestinos que assassinaram atletas Israelitas inocentes para promover a sua causa e, sou naturalmente ferozmente contra essa situação, mas, nesta guerra em que existem culpados dos dois lado, sinto como muitos uma natural simpatia pela causa Palestina e, quero apenas realçar este manifesto acto de solidariedade que muitos, no estádio mas também pelo mundo fora, deram ao povo da Palestina. Acho que é de realçar a atitude de um atleta Iraniano, Judoca, principal esperança do seu país em vencer uma medalha que, ao confrontar-se com a probabilidade de defrontar um atleta Israelita na sua categoria, recusou-se a participar nos Jogos em solidariedade com a causa Palestina. Também a comitiva do Afeganistão foi aplaudida... Foi mais um povo vitimado pela frieza dos políticos, mais um país devastado por uma guerra que não é sua e teve este pequeno, e apenas simbólico gesto de reconhecimento pela sua dor e perda. Foi sem surpresa que vi a comitiva dos E.U.A. ser vaiada, alguns dos melhores atletas do Mundo, alguns dos principais candidatos ao ouro nas suas categorias, mas (orgulhosamente?) por envergarem as cores de uma bandeira que tantos exaltam e muitos mais rejeitam são ferozmente assobiados ao entrarem no estádio. Nem sequer vou comentar as atitudes do governo Americano em relação à sua política externa, não tenho tempo, não tenho paciência e não ia dizer nada de novo, nada que todos não saibam já. Não tenho ilusões, nada vai mudar a curto prazo devido aos jogos da paz, provavelmente nem a longo prazo isso irá acontecer, mas, enquanto existirem pessoas dispostas a dar a cara pelas suas causas mas também pelas causas de povos que não se podem manifestar, enquanto existir vontade de mudar, existirá uma pequena esperança que um dia este será um mundo um pouco melhor. Para terminar só gostaria de comentar uma notícia que acabei de ler, a família de Rui Mendes, adepto do Sporting morto no Jamor em 1996 vai finalmente ser indemnizada pela FPF. Revolta-me ver que a federação nunca pôs em causa a indemnização!!! Mas demorou oito anos a pagar o que em dois meses paga a Felipão!!! Tenham respeito!