Este fim-de-semana tive a oportunidade de estar presente num arraial, não faltou nada, a sardinha, o chouriço, a bela da bifana, o entrecosto, aquele cheirinho da grelha, a música a animar o pessoal, acho que já dá para ver a ideia.
Mas o que me faz escrever sobre este arraial, é algo que pode ser indiferente a muitos, mas que a mim marcou de forma especial. Estava eu e o meu amigo Tiago de volta do barril de tinto, quando reparámos que estávamos num ponto duplamente fulcral, para além de ser o sítio de abastecimento, juntava-se ali uma pequena roda de homens que ainda de forma algo discreta cantavam músicas, a sua maioria tipicamente alentejanas. Nós entabulámos conversa e de pronto nos perguntaram se cantávamos alguma, o nosso reportório podia parecer escasso tendo em conta os nossos dignos interlocutores, mas decidimos cantar a nossa música de eleição, Cavalo Ruço. O resultado foi o melhor, depressa estávamos a ser acompanhados por todos os que compunham a roda e no fim fomos felicitados, mas, o melhor estava para vir. De certa forma a nossa humilde actuação deu o mote, e daí para a frente as canções sucederam-se, canções do nosso país cantadas com sentimento e aí, tenho de admitir que as lágrimas dançaram nos meus olhos ao ouvir aquela boa gente cantar, ainda cantámos mais uma ou duas, eu só acompanhava o Tiago e o Vieira que são bem mais conhecedores da arte, mas fiquei marcado por aquele aparentemente banal momento.
Foi muito bonito, tal como a festa em si, podem existir muitas festas por este mundo fora, mas melhores que as festas típicas de Portugal, não devem ser muitas...
P.S. - O.K. a noite não acabou bem, tenho de fazer este pequeno post scriptum antes que os corrosivos comentários o relembrem... mas foi uma grande noite!...
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