Quem gosta de passear pelo Monsanto, a pé ou de bicicleta já terá tido a curiosa experiência de, entre o silêncio da mata, a companhia dos pássaros e aquela frescura do verde ali bem às portas da cidade, dizia eu que entre todas estas agradáveis sensações, ser interrompido por tiros. Sim, tiros, porque alguém teve a triste ideia de ali colocar um campo de tiro.
Há tempos, terminada a licença do espaço, correu a notícia que esta não seria revogada, para desagrado dos interessados (possivelmente os mesmos que um dia tiveram a infeliz ideia de querer ver a Feira Popular renascer no Monsanto. Fiquei feliz, porque creio que um espaço daqueles deve ser preservado, qual não foi o meu espanto quando há dias li que este processo está longe de estar terminado e que parece haver uma mudança de ideias da Câmara Municipal de Lisboa.
Numa época de tanta informação e contra-informação, espero que este seja apenas um triste boato, e que o campo de tiro seja deslocado, talvez para uma herdade de algum dos seus assíduos utilizadores, deixando o Monsanto em paz, para que o desporto e o convívio ao ar livre de todos os que amam aquele tesouro tão raro possa continuar.
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