quarta-feira, 24 de novembro de 2004
Desmotivação
Estou triste! Pior ainda que triste, estou desmotivado. Passo uma semana a trabalhar, dez horas é o tempo que estou no local de trabalho, chego por volta das 7:30h e saio às 17:30h. Apesar do trabalho não ser muito é psicologicamente desgastante estar dia após dia sem nada para fazer, a olhar para as paredes e a encontrar o único conforto nas escapadelas que posso dar para ler um pouco.
As únicas coisas que me dão força para aguentar é saber que ao fim do dia venho para casa onde a família me espera e me apoia, saio de casa e estou com a pessoa que amo e mesmo nos dias em que não podemos estar juntos sei que o apoio dela é incondicional.
Mas existe uma terceira coisa ( perdoem-me os amigos por não referir o tempo que passo com eles mas se não o faço é porque não posso estar com eles com muita frequência ) bem menos importante mas que me dá bastante gozo, algo que faço desde sempre pelo simples facto que adoro fazer! Agora, ver a alegria dessa actividade que posso fazer algumas vezes ser-me tirada é, e a melhor palavra que posso encontrar para descrever o meu sentimento, desmotivante.
Sei que esta desmotivação vai passar, acaba sempre por passar. Sei também que para outros, apesar de acharem que tenho razão em estar chateado, não deveria levar isso muito a sério, o problema é que levo, é o meu feitio e contra ele nada posso fazer.
Perdoem-me o desabafo, boa noite e espero que o meu próximo post seja bem mais alegre.
sábado, 20 de novembro de 2004
Parabéns
http:\\www.piri04.blogspot.com
Porque este é também um espaço para notícias alegres, aqui fica uma bem fresquinha.Nasceu hoje a Sara, afilhada do meu irmão. É filha do Jorge e da Inês, a irmã da minha cunhada, a Rita.Deixo aqui os muito sinceros parabéns aos pais e desejo muita felicidade para o mais recente membro da família.
O verdadeiro adepto
quinta-feira, 18 de novembro de 2004
Hypnerotomachia Poliphili
Cá estou eu a cumprir o prometido. Acabei hoje de ler A regra de Quattro. É um livro muito interessante em que dois estudantes se dedicam de corpo e alma a investigar e decifrar um livro publicado em meados de 1500 que alegadamente contém muitos segredos. Um pouco na onde de O Código Da Vinci, sem ter uma história sequer parecida, impressiona por ter sido escrito por dois jovens que demoraram 6 anos a escrevê-lo e porque, como os grandes livros nos agarra e obriga a consumir página atrás de página até final. Recomendo que leiam, eu gostei imenso! Agora vou virar-me para o Homem Duplicado de Saramago porque ainda estou à espera que os camaradas Badasso ou Jon me emprestem o ensaio sobre a cegueira... Já agora, Badasso que dizes do homem duplicado? Agora vou dormir porque tive um jogo desgastante onde fiz o meu segundo hattrick da época...Que maluco! Abraços
domingo, 14 de novembro de 2004
Urgências
Estou há algum tempo para escrever aqui sobre a última peça que assisti, foi no teatro Maria Matos que em excelente companhia tive a oportunidade de ver Urgências.
Acabei de ver no blog da peça que esta não está actualmente em exibição mas fica aqui o endereço http:\\www.urgenciasteatro.blogspot.com para que leiam os textos e, quem sabe se volta a estar em exibição.
Gostei muito, uma peça com alguns actores que já conhecia da televisão, outros que conhecia do teatro, entre os quais Tiago Rodrigues, um grande actor e também alguns que eu desconhecia. São cerca de duas horas bem passadas que, em caso de a peça voltar a estar em exibição, eu recomendo vivamente.
Já que falo de teatro, aproveito a embalagem de uma conversa que tive com o meu amigo Tiago, não o actor, em que ele me incitava a escrever aqui sobre os altos preços do teatro em Portugal. Concordo plenamente com ele, apesar de existirem muitas peças em que se verificam preços acessíveis, muitas são também aquelas em que os preços são muito puxados para as nossas bolsas. Anteriormente escrevi sobre sobre os preços dos livros e sobre propostas para descontos na aquisição de livros. É urgente baixar os preços dos livros, cinema, Teatro, museus, etc..
Sei que não serve de desculpa, só vê quem quer e eu evito, mas a televisão é de borla, qualquer jovem pode ver a quinta das celebridades e outros bloqueadores de desenvolvimento intelectual. Também sei que na televisão é igualmente possível assistir a programas de qualidade mas não chega, o teatro é preciso, a leitura é indespensável!
Para provar que não sou anti-televisão, apesar de não ter muito tempo livre e o que tenho normalmente não é dedicado à caixa mágica, vejam a sic-comédia, gosto mesmo muito de algumas séries, Alô-Alô é simplesmente brilhante apesar de estar a ver pela 56ª vez...
Já agora, de momento estou a ler "A Regra de Quatro" de Ian Caldwell e Dustin Thomason, foi uma prenda que recebi, nunca tinha ouvido falar neste livro mas já me disseram que está nos tops de vendas. Ainda não vou sequer a meio mas creio que dentro de um ou dois dias estarei aqui a colocar um post com opinião bem favorável...
Até breve
segunda-feira, 8 de novembro de 2004
As duas taças
AS DUAS TAÇAS
“Três taças para a disciplina.
Sete para melhor marcador.
Nove para o primeiro lugar.
Uma para o senhor das trevas no seu negro trono
Na terra de Benfica onde moram as sombras.
Uma taça para a todas dominar, uma taça para as encontrar.
Uma taça para a todas prender e na sede as reter
Na terra de Benfica onde moram as sombras.”
Os Uru – Kabras
Após uma sanguinária batalha em que Arturomir caiu aos pés dos terríveis Uru – Kabras, Merry Kicas e Pippin Lopes foram levados pelos monstros que ostentavam na tromba a mão branca de Câmarauman. O feiticeiro branco tinha deixado bem claro que nada de mal poderia acontecer aos hobbits, o senhor das trevas Lord Pedro Sauron procurava um pequeno halfling que transportava o mais precioso dos tesouros da terra média, a Taça 1!
No entanto os Uru – Kabras não são seres muito racionais, a viagem era longa e após a severa batalha que haviam travado começavam a sentir-se exaustos e esfaimados. As divisões internas começavam a ser insuportáveis, alguns dos Uru – Kabras sugeriam que matassem os halflings para saciarem a fome, o líder não admitia tal insolência, gerou-se intensa discussão e o líder num gesto rápido cortou o mal pela raiz degolando um dos contestatários e oferecendo o seu corpo aos esfomeados Uru – Kabras como jantar. Distraídos pelo inesperado banquete os bichos foram surpreendidos pelos Cavaleiros de RohanDamaia que haviam sido banidos do seu reino e agora erravam pela terra média combatendo os servos do senhor das trevas. A chacina começou.
Os pequenos Hobbits viram nesta algazarra a sua hipótese de ouro para escaparem, começaram a rastejar não se apercebendo que iam em direcção a outro perigo enorme, a floresta tenebrosa do Calhau! Um dos Uru-Kabras seguiu os dois halflings para as profundezas da floresta que tinha histórias de fazer gelar qualquer um, desde espíritos malignos a assassinos e violadores sado-masoquistas que supostamente atacavam aqui no Calhau Tenebroso. Quando os pequenos bravos pensavam que haviam escapado, o Kabra alcançou-os e usou-se do seu cheiro e da sua bestial força para os deter. Petrificados os pequeninos pareciam condenados quando Pippin Lopes se lembrou de algo que Lili Caneças Galadriel lhe havia ensinado, um canto élfico profundamente perturbador para qualquer ouvido conhecido como Musicaseten. Dos seus lábios começou a sair um canto doce e desconcertante. Passamos a citar parte da sua letra:
Been a While, maybe you remember, when we met on the beach, when you show me the way ... e depois a parte insuportável aos ouvidos dos Uru – Kabras – Nanananananananaie! Nanananananananananao!
Os tímpanos do Kabra explodiram e este fugiu petrificado para a morte. Os pequeninos voltaram a fugir e quando parecia que desta vez se safariam eis que foram novamente surpreendidos...
Em busca dos Hobbits
Após fazerem o honroso funeral de Arturomir como ele gostaria, atando-o a uma canoa e lançando-o num rio de chocolate, Bruragorn, Tiagolas e Joligimli partiram a grande velocidade para não perderem o rasto aos seus companheiros hobbits. Joligimli cedo começou a sentir dificuldades em acompanhar o ritmo dos dois parceiros, o digno anão bêbado corria em diagonais constantes, facto que o atrasava bastante.
Apesar do atraso de Joligimli, os três restantes membros da extinta irmandade da Taça ganhavam terreno a olhos vistos aos Uru – Kabras já que estes seres não prezam pela rapidez de movimentos apesar de serem muito perigosos em espaços fechados onde se servem das suas poderosas unhas e temível cheiro para deixar os inimigos por terra. Bruragorn usava-se da sua grande capacidade para seguir o rasto dos Kabras, Tiagolas com o seu olhar élfico não conseguia ainda ver os bichos e mais ainda se atrasaram quando Bruragorn entrou num gruta para cumprir um ritual muito comum na terra média, o Isengaartrick. Uma espécie de jogo da altura onde os participantes tinham um número de Orcabras, homens, elfos ou outros seres conforme a espécie do seu líder, que lutavam entre si. Bruragorn liderava os homens e deixava as ordens para estes nas paredes das grutas, nessas mesmas paredes cada participante que por lá passasse deixava mensagens onde relatava o resultado dos confrontos e o jogo ia assim crescendo.
De novo a caminho, os três companheiros foram encontrar os cavaleiros de RohanDamaia que após se identificarem e quase matarem Joligimli que já bastante grosso gozava com as crinas de cavalo que estes usavam nos seus elmos, lá contaram o encontro com os Uru – Kabras e deixaram os três desfeitos ao afirmarem que haviam despachado todos os que estavam no acampamento.
Ao chegarem ao acampamento onde os Uru – Kabras jaziam, o cheiro era insuportável e os bichos só estavam mortos à 15 minutos. Desfeitos estavam prestes a desistir quando Bruragorn detectou marcas que indicavam que os pequenos hobbits podiam ter fugido, pararam no entanto respeitosamente quando viram que o rasto os levava à floresta tenebrosa do Calhau – que loucura lhes terá passado pela cabeça para se meterem neste covil – indagou Joligimli. Corajosamente aventuraram-se na escuridão assustadora do Calhau, também eles haviam passado a infância a ouvir histórias como a de uma jovem de fornos de algodres que passeava livremente no Calhau quando terá sido brutalmente eliminada por um dos demónios da floresta.
O silêncio profundo e perturbador só foi cortado pelo abrir de 3 super-élficas, as próprias árvores pareciam ter olhos pensaram. Caminhavam cada vez mais moralizados pelo sabor élfico que lhes corria boca a baixo quando inesperadamente e do nada uma grande luz branca e um imponente feiticeiro se deparou à sua frente...
O amansar de Gollumzony
O peso da Taça 1 começava a fazer-se sentir, Frodo Bambola já não era o mesmo pequeno e gorducho hobbit que deixara o Shire de Benfica, SamXavi verificava que o amo estava mais calado e tenso. Os dois já pouco falavam, cada vez mais se sentiam perseguidos por algum dos servos do senhor do mal.
Não podiam dormir ao mesmo tempo, quando Frodo dormia SamXavi exercitava-se e quando este descansava Frodo Bambola desaparecia e voltava com roupa nova e ânimo levantado. Após pararem para comer e beber, finalmente o seu perseguidor deixou-se descobrir, tudo aconteceu porque Frodo Bambola após uns copitos de Amêndoa Élfica levantou-se já a cambalear, de Taça na mão tropeçou e lá voou o tesouro, Gollumzony, o terrível perseguidor não resistiu à tentação e viu neste percalço a sua hipótese para tomar de novo a taça 1 que já havia sido sua, num gesto hábil lançou-se num voo destemido mas a taça passou-lhe entre as mãos e Gollumzony não teve tempo de reagir quando SamXavi o segurou e amarrou.
Os gritos da criatura eram ensurdecedores – deixem-nosss, não fizémosss nadasss, só queríamos o precioso, é nossso, roubaram-nosss – estranhando a estranha voz da criatura Frodo Bambola questionou o seu atacante ao que este se justificou com um problema de dicção que vinha de infância, aliás Gollumzony até não tinha mau fundo mas foram muitos anos a ser gozado pelos colegas, sopinha de massas, era a sua alcunha, tanto ouviu aquelas coisas que começou a isolar-se e acabou mesmo por roubar a Taça 1 ao próprio irmão tendo de seguida fugido para as montanhas nebulosas do monsanto.
SamXavi não gostava de Gollumzony, tinha atravessado na garganta um jogo que havia perdido ao jogar na equipa de Gollumzony. Frodo Bambola no entanto teve pena da criatura e começou a desenvolver uma empatia com Gollumzony. Contra a vontade do parceiro decidiu que Gollumzony os ajudaria a chegar a MordorCarnide.
Partiram então os três inesperados companheiros em direcção à perdição eminente...
Pedro Barba de Árvore
Fugindo loucamente e ainda cantando a Musicaseten os dois Hobbits nem deram pelo novo perigo onde foram cair, aquelas árvores do Calhau bem pareciam ter olhos, e tinham mesmo, os pequenos hobbits foram recolhidos por um gdcbent, uma espécie de pastor das árvores, ser mais antigo que o próprio mundo e que ocupa o seu lugar de pedra e cal. Os pequenos nem queriam acreditar no que lhes havia acontecido, o gdcbent, Pedro Barba de Árvore como era conhecido em linguagem corrente pegou neles e rejeitou ouvir as suas explicações, tendo a princípio ficado bastante incomodado porque Pippin Lopes ainda cantava, lá foi dizendo que o feiticeiro branco saberia o que fazer com eles. Os dois pequeninos ficaram assustados, iriam ser entregues a Câmarauman. A viagem foi bastante longa, Barba de árvore foi falando em gdcbentês, língua muito diferente da nossa, bastante mais comprida pois os gdcbents têm muito mais tempo livre e demoram muito mais a dizer o que têm para dizer. Barba de Árvore aproveitou para lhes contar a sua história favorita, a do GDCB, as suas conquistas, o seu espírito, os torneios em que entra, etc... os pequenos hobbits já dormiam profundamente quando finalmente chegaram junto do feiticeiro branco, estavam longe de imaginar o que os esperava...
O Cavaleiro Branco
Cansados, ébrios, e carentes, os três companheiros não queriam acreditar no que os seus olhos lhes mostravam, à sua frente imponente estava o grande feiticeiro branco mas, não Câmarauman o terrível, quem se lhes apresentava era nem mais nem menos do que o seu comparsa de irmandade Piriandalf, que havia caído nas sombras após lutar contra Cabralrog nas minas de Califa Mória.
Depois de um emocionado reencontro, o piriceiro explicou que caíra nas sombras e lutara intensamente com o demónio das profundezas, este havia-se apoderado de pirão, o bastão de cerveja Élfica, começara a bebê-lo e Piriandalf num acesso de raiva ganhara novas forças e agrediu veemente o demónio, depois de muita luta e cerveja à mistura caíram inanimados num profundo coma alcoólico, o Cabralrog não resistiu pois só estava habituado a beber a cerveja das profundezas nórdicas Tuborgarlrog, piriandalf ficou deitado no chão, cada minuto parecia durar um dia, cada dia uma vida e eis que num dia, sem que nada o fizesse esperar, sentiu o cheiro de entremeadas e bifanas de uma feira que passava perto e despertou – fui enviado para acabar o meu trabalho – disse ainda emocionado. Emocionados estavam também Joligimli e Tiagolas ao ver o bastão de cerveja Élfica intacto e mais belo do que nunca, Bruragorn por seu turno ficou fascinado pela nova capa branca com o patrocínio da coca-cola que Piriandalf ostentava com o nº 4 bordado a ouro nas costas.
Ultrapassada a conversa de circunstância e após umas jolas na estalagem Tradicional Bree, ficaram a saber que os dois hobbits estavam bem, Piriandalf deixara-os com o Barba de Árvore pois este ainda não tinha acabado a sua história. Piriandalf foi então informado das notícias que os cavaleiros de RohanDamaia haviam trazido, o rei do palácio dourado, Bambolaóden havia expulso o seu sobrinho do reino, Piriandalf começou a desconfiar, nunca antes Bambolaóden havia rejeitado uma criança junto a si, algo de muito forte teria de estar por trás desta atitude. Partiram os quatro revigorados companheiros em direcção a RohanDamaia para buscar o auxílio dos seus homens nas batalhas que se avizinhavam.
A passagem dos pântanos
Guiados por Gollumzony, Frodo Bambola e SamXavi iam sempre atentos a alguma manobra que a criatura pudesse fazer. Na primeira parte do caminho ainda foram num TTMT ( todo o terreno da terra média ) mas após a condução corajosa de Gollumzony os dois hobbits rapidamente decidiram que poderiam seguir a pé.
Quando se encontrava sozinho, Gollumzony falava consigo próprio, por um lado começava a render-se à bondade evidente que o seu amo de cabedal lhe oferecia mas por outro lado a ganância de ter a Taça 1 era superior – vou levá-losss para ela, sim meu preciosossss, ela saberá o q fazerssss....
Chegados a um pântano os dois hobbits ficaram assustados, na água jaziam imagens de antigos jogadores do clube, de certa forma estavam a ver o seu futuro e isso era incomodativo. Mas era o caminho mais rápido e mais isolado garantia sméagolzony.
A taça era um fardo demasiado grande para o gorducho hobbit, a fraca iluminação do pântano também não ajudava. Cada vez era mais forte a sensação que o senhor das Trevas, Lord Pedro Sauron usava o seu grande olho para procurar o portador da taça, as chamas de MordorCarnide já eram visíveis.
SamXavi por seu não confiava minimamente no seu guia mas apesar dos seus apelos o seu amo não voltava a trás na sua palavra.
Por fim chegaram às portas de MordorCarnide, a grande porta Negra!...
A voz de Câmarauman
Ao chegarem às portas do palácio do rei Bambolaóden viram a sua passagem ser barrada, piriandalf mostrou-se indignado por não ser permitida a sua entrada na casa de um velho amigo. Foi-lhe explicado que as ordens haviam sido dadas por Lombriga língua de verme, Piriandalf franziu o sobrolho. Nada de bom poderia vir de Lombriga...
Só poderiam passar se deixassem as armas à porta, Piriandalf instrui-os a obedecer mas pediu que o deixassem levar o seu bastão pois mais não era que uma ajuda para andar – malandrice! – ao entrarem deram de caras com um cenário deprimente, o outrora majestoso rei estava encolhido na sua cadeira, sem reacção aparente. Quando Lombriga língua de Verme entrou na sala Piriandalf percebeu o que se passava, através da lingua de lombriga, Câmarauman mantinha o rei ao seu serviço e consequentemente ao serviço do senhor das trevas, um diabólico plano havia feito com que o rei fosse submetido a muitas horas a ouvir um canto do inferno romeno, a Musicaseis mais conhecida por numanumaie, e após essa lavagem ao cérebro ainda foi sujeito a ouvir língua de verme tentar convencê-lo a aderir à ACN. A pobre mente do Rei estava à beira do colapso.
O que Câmarauman não esperava era que Piriandalf viesse mais forte do que nunca, Piriandalf pegou no seu bastão, Lombriga empalideceu quando viu o Pirão pois já tinha sofrido muitos desgostos à sua conta, salpicou Bambolaóden com a cerveja élfica e este ganhou nova vida conseguindo libertar-se do feitiço. Lingua de Verme foi escorraçado do reino ainda a falar nas vantagens de aderir à ACN.
De seguida os companheiros tentaram convencer o rei a juntar os seus homens ao combate contra o senhor das trevas.
Câmarauman estava a juntar o maior exército alguma vez visto na terra média, milhares de OrCabras, homens sem terras e outros servos comandados pelo grande olho de Lord Pedro Sauron preparavam-se para atacar os habitantes livres da terra média que se encontravam claramente em número inferior...
Comandados por Bruragorn e Bambolaóden, elfos, homens e anões bêbados tentavam o impossível. Defender a invasão das forças do mal era tarefa herculeana, Piriandalf havia avisado os companheiros para às primeiras horas da manhã olharem para ocidente e ganhariam novo alento.
Nas muralhas da cidade os cidadãos livres lutavam pelas suas vidas, Joligimli acordava com uma ressaca insuportável, Tiagolas saia dos aposentos de duas elfas, os dois amigos fizeram então uma aposta para ver quem conseguia beber mais imperiais durante o combate, diga-se que o resultado acabou por ser renhido sem que nenhuma das partes estivesse suficientemente sóbria para reclamar a vitória.
Todos lutavam com bravura, os OrCabras eram chacinados à entrada das muralhas, nem os Trollopes os safavam pois estes enlouqueceram e começaram a cantar a 7, os homens sem terra entoavam o cântico de guerra de Câmarauman, a 6 e os cidadãos livres começaram a ceder, nem a espada de Bruragorn, nem o arco de Cevada élfica de Tiagolas nem o machado latrinado de Joligimli sustiam a investida demoníaca, quando eis que, com o chegar do primeiro raio de sol, vindo do ocidente um facho de luz branca iluminou o campo de batalha, Piriandalf cavalgava alegremente e trazia consigo uma enchurrada de cerveja élfica dispensada por ArturElrond, litros e litros de cerveja afogaram os servos do senhor das trevas, Joligimli, Bambolaóden, Tiagolas, Piriandalf e Bruragorn nadavam com uma alegria nunca antes vista mergulhando no liquido que os havia salvado. Um grande passo havia sido dado, mas a vitória estava longe, a Taça ainda tinha de ser destruída...
O Covil de Shelopes
Ao chegarem às portas negras de MordorCarnide, SamXavi reparou que a porta estava a ser fechada e gritou para o seu amo correr para apanharem a porta ainda aberta. Mas, Gollumzony impediu Frodo Bambola de este corre, facto que irritou bastante SamXavi. Uma grande discussão gerou-se e Frodo Bambola dispensou o seu companheiro, dizendo para ele voltar para casa apesar dos insistentes pedidos de SamXavi. Partiram então Gollumzony e Frodo Bambola em direcção à escadaria de Cirith Ungol Rodinhas pois Gollumzony dizia que era o caminho mais curto. Cada vez mais fraco Frodo não se apercebeu que caminhava para uma emboscada, entraram num ambiente húmido mas com um cheiro bem agradável a caracóis élficos, ameijoas mordoricas, canivetes do shire entre outros petiscos.
Quando se apercebeu já caminhava sozinho, Gollumzony desaparecera, tinha sido emboscado, havia caído no covil de Shelopes, um choco terrível que havia feito um acordo com Gollumzony, Shelopes comia Frodo e dava a Taça 1 à criatura, ao tentar reagir foi tarde de mais, o choco havia lançado uma massiva quantidade de tinta venenosa para cima de Frodo Bambola e este caia como morto. A esperança parecia ter abandonado o mundo livre quando eis que SamXavi que não tinha abandonado o seu amo entrou a correr em grande velocidade no covil de Shelopes aplicando-lhe uma dose de óleo élfico e tranformando o terrivel e esguio Shelopes num saboroso Choco Frito...
A escolha do Mestre SamXavi
O mestre SamXavi debatia-se agora com a mais difícil escolha da sua vida, sabia que a Taça 1 teria de ser destruída mas a hipótese de comer um grande choco frito era difícil de recusar. Frodo Bambola jazia no covil do frito Shelopes. Qual será a escolha do bravo mestre SamXavi?...
sexta-feira, 5 de novembro de 2004
Covilhã 29,30 e 31 de Outubro
DIÁRIO DA TENDINHA
Vou relatar de seguidas as aventuras passadas na tendinha, vulgo Jeep do Câmara. Este registo cronológico é uma adenda aos demais diários já escritos pelos caros colegas, e pretende apenas descrever situações que não foram vividas por todos bem como as situações em que nos encontrávamos juntos.
De forma a possibilitar uma melhor compreensão dos factos ocorridos, passo a relatá-los por ordem cronológica, correndo o risco de me esquecer de algumas coisas pois foi um fim-de-semana bem ocupado...
Sexta-feira, 29-10-2004
- 16:00h – Concentração na Sede de toda a equipa
- 16:15h – A tendinha parte em primeiro lugar transportando o piloto Câmara e co-piloto Lopes no banco da frente e no banco de trás os contrapesos Pirs, Tiago e Jon, ou em português, Latrina.
- 16:15:23s – Ouve-se pela primeira vez na tendinha a música 6, com dedicatória especial para o Bambola.
- 16:25h – Tiago recebe um sms
- 16:50h – Depois de andarmos às voltas para as bandas do Hospital de Santa Maria, o piloto cansa-se e decide aventurar-se pela 2ª Circular, o engarrafamento inevitável de sexta-feira, véspera de fim-de-semana grande esperava-nos. Enquanto esperávamos eis que passa por nós um artista vestido com a camisola de Portugal e pedalando na sua bicicleta furando o trânsito com a sua boa disposição, interpelou-nos convidando o Câmara para um picanço... foi a primeira derrota da tendinha.
- 16:52h – Pela segunda vez as paredes da tendinha vibram ao som dos O-ZONE e da música 6 do grande CD G.D.C.B. on tour 2004.
- 16:55h – A estreia da música 7, dedicada a Lopes.
- 16:57h – Tiago recebe uma chamada
- 16:58h – Música 6
- 16:59h – Música 6
- 17:00h – Pirs impede Jon de saltar pela janela.
- 17:01h – Tiago recebe um sms
- 17:05h – Tiago já começa a cantar a letra da 6
- 17:15h – Ao pararmos na 2ª circular em frente ao estádio de alvalade, olhamos para o outro lado da estrada e eis que... o maduro da bicicleta salta efusivamente e acena-nos com alegria
- 17:16h – Música 6
- 17:20h – É a loucura generalizada na tendinha, os cinco ocupantes já cantam o refrão da música 6 e dançam ao som deste grande hit.
- 17:30h – Paragem na estação de serviço de Aveiras, segundo ponto de encontro. Câmara esgota o stock de baguetes e agride violentamente uma criança que tinha pedido a última fanta que estava disponível. O conflito foi rapidamente sanado e a criança não mais foi vista até às notícias do dia seguinte na secção de desaparecidos.
- 17:45h – Jon começa a cantar a música 6 na mesa
- 17:46h – O segundo carro chega a Aveiras trazendo os petrificados Artur, Kicas e Xavi conduzidos por Manza.
- 17:55h – Os dois carros partem ao som da música 6
- 18:00h – Tiago recebe um sms
- 18:01h – Tiago recebe um toque
- 18:01:30s – Tiago recebe um sms
- 18:02h – Tiago recebe um toque
- 18:04h – Tiago recebe um toque
- 18:05h – O condutor de um fiat punto e seu acompanhante tentam contactar a polícia
- 18:00h – Manza passa para a frente de um fiat punto, câmara cola-se à traseira do mesmo e solta a mítica frase – trava agora, vá trava!!! –
- 18:03h – O silêncio na tendinha é geral
- 18:04h – Câmara com um olhar esgazeado coloca-se ao lado do fiat punto
- 18:04:30s – O ocupante do fiat punto agarra-se ao peito, e começa a ter suores frios
- 18:10h – Deixamos de ver o Jeep do Manza
- 18:12h – Música 6
- 18:15h – Música 7
- 18:17h – Tiago recebe um toque
- 18:18h – Música 7
- 18:19h – Música 7, Lopes está ao rubro
- 18:23h – Jon começa a ter tiques nervosos e a cambalear para a frente e para trás no banco
- 18:30h – Saímos para a A23, começamos a desconfiar que não estaremos às 19:00h na Covilhã
- 18:35h – Tiago recebe um toque
- 18:45h – Um camião atravessa-se à nossa frente e Câmara volta a fazer um ultimato – trava, vá!!! – no banco da frente Lopes empalidece, no banco de trás Jon e Pirs abraçam-se com medo, Tiago recebe um sms.
- 18:50h – As suspeitas de que não estaremos na Covilhã às 19:00h intensificam-se.
- 18:55h – Paramos na estação de serviço de Abrantes para nos juntarmos aos carros da frente onde viajam os ocupantes do Jeep do Manza e no carro do Pedro, Pimenta, Albino, Bambola e Machine. O rendez-vous é feito ao som da música 6
- 18:58h – Nova partida
- 18:59h – Deixamos de ver o carro do Pedro e o Jeep do Manza
- 19:00h – Confirma-se, não estaremos na Covilhã às 19:00h.
- 19:05h – Ouvimos na rádio que a polícia procura um Jeep na A1
- 19:10h – A música 6 toca nas colunas da tendinha
- 19:15h – Toca novamente a música do Lopes
- 19:16h – Pirs e Jon trocam olhares comprometidos
- 19:20h – Tiago recebe um sms
- 19:25h – Tiago usa o truque do cinema para se chegar a Pirs
- 19:30h – A família do 2º ocupante do fiat punto recorda o ente querido com saudade
- 19:40h – Música 6, Lopes passa para a 7, Câmara discute e põe a 6, Lopes contra-ataca, e fica decidido que se ouvem as duas
- 19:46h – Tiago recebe um toque
- 19:50h – Câmara trava bruscamente, exclama – que lindo! – encosta o carro à berma da auto-estrada e começa a tirar fotos à Lua
- 19:51h – Câmara arranca novamente
- 19:55h – É a loucura novamente na tendinha, os telemóveis acendem-se ao mesmo tempo criando um belo efeito psicadélico na já mítica tendinha, ao som da música 6
- 20:00h – João começa a gritar – pára, pára! – e numa espécie de transe começa a apontar para as luzes da tendinha e dizendo que está a ver duas luas...
- 20:10h – Tiago recebe um toque
- 20:25h – Reencontro com a comitiva à entrada da covilhã
- 20:30h – Toca a 6
- 20:45h – Chegada ao Hotel com um frio de rachar
- 20:50h – Entramos na sala de jantar e pára tudo!
- 20:51h – Ocupamos os nossos lugares em duas mesas
- 20:52h – Somos divididos
- 20:55h – Tiago agarra-se a uma garrafa de sete fontes após ter sido separado dos seus companheiros de viagem.
- 21:00h – Começa a jantarada, com muita contenção no serviço das bebidas por parte dos empregados
- 21:30h – É realizado o sorteio dos quartos, sorteio não vinculativo diga-se por falta de quorum na mesa .
- 21:31h – A separação dos quartos é decidida na mesa 2
- 21:35h – João canta a 6
- 21:50h – Findo o jantar dirigimo-nos aos quartos.
- 22.00h – Sorteio dos jogos com a presença dos dirigentes Pimenta e Albino.
- 22:05h – Encontro imediato com o famoso e o verdadeiro 27, para mais pormenores consultar o diário de Machine
- 22:06h – Jon paga as imperiais
- 22:07h – O 27 pede o dinheiro das imperiais e Jon pacientemente explica que já pagou.
- 22:15h – Jogatana de snooker.
- 22:45h – João explica ao 27 já não tão pacientemente que já pagou.
- 23:00h – Jogo de sobe e desce entre Bambola, Pirs, Tiago e Jon
- 23:15h – Nova confusão com o 27 quando Pirs pede mais uma rodada e o 27 volta a perguntar pelos 3 euros.
- 23:40h – Bambola trava-se de razões com o 27 – ver diário de machine
- 00:30h – É decidido terminar o jogo com um acordo de cavalheiros.
- 01:00h – Chegamos aos quartos e assim termina o dia
Sábado, 30-10-2004
- 07:20h – Somos violentamente arrancados dos nossos sonos, o nosso presidente fez questão de pessoalmente se certificar que acordávamos, no processo acordou também elementos da Guarda que estavam no quarto ao lado do de Pirs e Tiago.
- 07:22h – Jon acorda com o telefone
- 08:00h – Pequeno – almoço
- 08:10h – Artur começa o 2º pequeno – almoço.
- 08:45h – Concentração à porta do hotel para a partida em direcção ao pavilhão, é a euforia instalada quando a 6 toca na tendinha.
- 08:50h – Artur acaba o pequeno - almoço.
- 09:30h – Chegada ao pavilhão ao som da 6
- 11:30h – Jogo contra a equipa dos Açores, vitória do glorioso por 5-3.
- 13:15h – Regresso ao som da 6 e da 7
- 14:20h – Almoço de convívio com os adversários.
- 14:25h – Tiago chega à sala de almoço e dirige-se à mesa onde parte da equipa confraterniza com os colegas dos Açores, com uma entrada destemida Tiago dispara – Há azar? – ao que o treinador da equipa adversária com um estilo muito seu responde – ainda não mas está quase a haver – Tiago percebendo a dica conclui – bom, então vou indo – sendo de seguida corroborado pelo gentil adversário – bem me parecia que ias.
- 14:30h – Artur pede o 2º prato
- 14:35h – Bambola abandona a sala
- 14:40h – O treinador dos Açores olha pela 3ª vez na direcção de Tiago ao mesmo tempo que um dos empregados deixa um cutelo à frente do camarada insular.
- 14:50h – Bambola regressa mas o seu prato havia desaparecido, Artur tem um olhar comprometido.
- 15:00h – Findo o almoço reunimo-nos na chamada sala tripla, um espaço vasto onde se combina de forma harmoniosa um bar, uma sala de estar e um salão de jogos.
- 15:10h – Mais uma partida de Snooker, alguns elementos da equipa reúnem-se ao pé da televisão onde uma jovem tenta ver um filme e de forma persuasiva convencem a moça a mudar para o jogo do Chelsea.
- 15:12h – Manza deixa de ser visto.
- 15:30h – Decidimos ir até à Torre e começamo-nos a reunir junto aos carros, como não havia lugar para todos, Kicas passa para a tendinha onde os tripulantes passam para 6. Ouvem-se alguns barulhos na mala do carro do Pedro mas Bambola foi verificar e garantiu que não se passava nada.
- 15:45h – Artur acaba o almoço e vai dormir uma sesta. Ao subir depara com um casal que procura a filha, a rapariga foi pela última vez vista a sair do Hotel por volta das 14:37h acompanhada por um homem de cerca de 1,85m, robusto com uma mala na mão. A moça oriunda de fornos de algodres aparentava ter confiança com o homem.
- 15:50h – A comitiva cruza-se com Manza na estrada.
- 15:55h – A comitiva pára numa escapatória para brindar a serra da estrela com bonitos cânticos alusivos ao clube mas também cânticos de incentivo ao nosso guardião Manzony – ver filmes do Xavi e do Câmara.
- 16:00h – Artur vai lanchar.
- 16:05h – O carro do Pedro que seguia em segundo lugar encosta e Bambola sai para respirar o ar puro, ao tentar voltar a entrar viu a sua entrada ser barrada pelos restantes ocupantes, pelo que apurámos o cheiro a sangue fresco começava a ser insuportável.
- 16:07h – A tendinha chega à Torre, as habituais cenas de bolas de neve a voar começam em amena cavaqueira.
- 16:15h – É organizada uma vigília na A1 em homenagem ao ocupante do fiat punto.
- 16:20h – O grupo da tendinha entra na zona comercial da torre e de pronto começa a provar os queijinhos, presuntos e paios da região.
- 16:21h – Artur vai comer.
- 16:30h – Pirs desaparece.
- 16:35h – Pirs regressa com um intenso bafo a vinho e um salpicão na mão.
- 17:00h – Regresso. Ao passarmos pela polícia uma inigualável manobra de diversão no banco de trás consegue esconder Jon de forma a que não fossem visíveis os quatro maduros no banco de trás.
- 17:10h – Cruzamo-nos com o Jeep do Manza que sobe à Torre com Bambola e Xavi, Artur ficou a comer qualquer coisa pois a fome já apertava.
- 17:30h – Chegamos à Covilhã à procura de uma farmácia para um encontro com o Dr Bayard ao som da 6.
- 17:32h – Câmara numa espectacular fuga a um polícia que estava numa rotunda vai dar de caras com a esquadra.
- 17:35h – Toca a 7.
- 17:45h – Saímos os 5 da farmácia
- 17:48h – Câmara sai da farmácia após conferenciar com um cliente do supracitado estabelecimento sobre os efeitos de Vaginova.
- 18:00h – Após breve paragem no multibanco passamos a lanchar numa pastelaria de renome indicada por Lopes que percorria as ruas da covilhã assobiando a música 7.
- 18:00h – Pirs e Tiago encontram o Dr. Bayard no chão da casa de banho.
- 18:50h – Chegada ao hotel, Bambola não está.
- 19:00h – Reunião no quarto de Pirs e Tiago de parte da equipa para visionamento do jogo entre o Sporting e o Penafiel.
- 19:05h – Pirs dirige-se ao bar para adquirir uma garrafa de 7 fontes e dá de caras com o 27 a fazer contas como se a sua vida dependesse disso, ainda a procurar os 3 euros do dia anterior.
- 19:20h – Pirs é atendido.
- 19:25h – Pirs vai partindo o seu salpicão e distribuindo pela malta que animadamente vai discutindo os casos do jogo e outros assuntos relativos ao futebol. Impera a cordialidade.
- 19:30h – Jon abre uma janela e um intenso cheiro a sangue invade o quarto.
- 19:35h – Jon vai comprar nova dose de 7 fontes e o 27 pergunta-lhe se ele já pagou as imperiais.
- 19:40h – Bambola entra no quarto.
- 19:50h – Jon regressa.
- 20:00h – Algumas opiniões relativas a jogadores da superliga começam a divergir.
- 20:10h – Câmara vai comprar uma garrafa de 7 fontes e encontra o 27 a fazer contas como se não houvesse amanhã. Bambola fica, e passo a citar Câmara ao descrever a relação entre Bambola e a garrafa de 7 Fontes - Esse só a acarinhava, como quem quer chambrear o liquido com o calor próprio....
- 20:30h – Gera-se a confusão no quarto, Artur aponta Rui Miguel como um grande ponta de lança, alguns elementos discordam, Jon coloca a sua toca e faz uma emocionada declaração em que afirma que poderia ter sido um grande jogador mas que teve azar, Lopes intervém em defesa de Rui Miguel, Câmara identifica-se com Brassard, Bambola desaparece, Pirs, Tiago e a garrafa de 7 fontes deixam de ser vistos, o 27 entra no quarto a perguntar pelo troco das imperiais, novo casal entra no quarto à procura do seu filho, a excursão de fornos de algodres começa a encurtar, Jon continua a discursar, Artur salta pela janela com o salpicão agarrado a si, o Sporting marca o terceiro, Pirs Tiago e um cadáver de 7 fontes são encontrados no roupeiro, Câmara despe-se e canta a música 6, Artur começa a jantar, Bambola regressa com roupa nova e os ânimos começam finalmente a acalmar.
- 21:00h – Jantarada, ficamos na mesa em frente da comitiva dos Açores e Tiago volta a ser alvo de olhares atentos.
- 21:05h – Temos um novo empregado, figura esguia, visão periférica ( um olho em cada mesa da sala ( a sala tinha 7 mesas) ), cabelo espetado e um sorriso contagiante.
- 21:35h – Fim da jantarada, numa tentativa desesperada de salvar a pele Tiago começa a dialogar com os colegas da mesa da frente afirmando que é Açoreano desde pequenino, vai marcando pontos.
- 21:45h – O telefone de Tiago toca e este atende.
- 21:50h – O grupo dispersa-se, alguns ficam na sala tripla a ver o fcp, Jon e Pirs retiram-se para o quarto, Tiago desaparece e no quarto de Jon e Xavi começa uma longa noite de pro-evolution soccer. Lopes, camara, Xavi, Kicas, Manza e Artur disputam um renhido campeonato, Jon é impedido de se deitar, Pedro e Bambola vêem o jogo no quarto.
- 22:00h – Jon e Pirs ficam colados à televisão a ver a versão portuguesa da música 6.
- 22:30h – A excursão de fornos de algodres abandona o hotel com profunda consternação.
- 23:00h – Explosão de alegria no hotel, o 2º golo do Nacional, festa rija em todos os quartos e corredores com direito a bolo típico da madeira e tudo o mais.
- 23:05h – Tiago reaparece a falar ao telefone.
- 23:30h – Jon tenta ocupar a sua cama aproveitando a saída de Artur para ir cear, é expulso e procura refúgio no quarto de Pirs com algumas escoriações e hematomas visíveis.
- 24:00h – Tiago desliga o telefone.
- 00:15h – Tiago e Pirs adormecem, Jon fica na poltrona a ver um filme.
- 00:45h – Jon faz nova tentativa de ocupar a sua cama, no quarto ainda jogam Xavi e Artur que são benevolentes e deixam Jon dormir no roupeiro.
- 03:00h – Xavi e Artur declaram empate após fazerem um jogo em tempo real que terminou 0-0 após prolongamento. Termina o 2º dia.
Domingo, 31-10-2004
- 03:30h – Tiago recebe um sms, Pirs anota a hora.
- 04:50h – Bambola é visto a entrar no Hotel com uma farda de empregado do hotel.
- 06:30h – Tiago e Pirs acordam animados e dispostos a começar bem o dia.
- 06:35h – Tiago telefona para Jon e este aparentemente não gostou da surpresa.
- 06:40h – Tiago dá tudo de si na casa de banho, Pirs abre a janela para arejar o quarto.
- 07:00h – Início da Operação “Alvorada Suave”. Pirs e Tiago saem do quarto ao melhor estilo das forças especiais correndo pelo corredor sem serem ouvidos.
- 07:05h – Tiago e Pirs chegam ao quarto do lado onde dormitam Jon debaixo da almofada com o telefone fora do descanso, e Xavi. Uma entrada extremamente silenciosa no quarto é traída pelo ranger das dobradiças da porta. Xavi acorda sobressaltado, Pirs e Tiago rastejam ao lado das camas e acordam Jon com um grito guerreiro. Jon acorda e grita – a 6 não!!!. Os dois operacionais fingem sair do quarto e preparam novo assalto. Fecham a porta mas escondem-se na casa de banho, desta feita os dois ocupantes do quarto não desconfiam de nada mas eis que quando os dois assaltantes tentam rastejar de novo, são os ossos de Pirs que os denunciam ao estalar ruidosamente. Assalto falhado, nova missão.
- 07:15h – Próxima missão, viria a demonstrar-se a mais perigosa das cruzadas. Quarto de Lopes e Câmara. Uma entrada de profissionais no quarto não foi notada pelos seus ocupantes que já estavam acordados. Pirs instala-se na casa de banho, Tiago parte para uma experiência marcante ao rastejar ao lado da cama de Câmara. Quando se preparava para dar o grito de guerra, Câmara levanta-se e põe toda a sua envergadura na cara de Tiago ao sair como veio ao mundo da caminha.
- 07:20h – Tiago acorda.
- 07:25h – Todos os outros quartos estavam fechados e a operação falhou.
- 08:00h – Chegamos à porta da sala do pequeno-almoço mas esta está fechada.
- 08:15h – Entramos na sala onde Artur acaba o 2º Croiassant.
- 09:00h – Partida em direcção ao campo, confusão na recepção, o 27 não se apresentou a serviço pela primeira vez em 30 anos, ele que nunca sequer havia gozado um dia de férias, feriado ou fim-de-semana.
- 09:05h – Toca a 6
- 09:08h – Toca a 7
- 09:11h – 7
- 09:20h – Artur acaba o pequeno-almoço.
- 09:30h – Chegada ao pavilhão em festa, quase toda a equipa a cantar e a dançar a 6 e a 7 num grande espírito registado em vídeo e em fotos para a posteridade.
- 10:00h – Primeiro motivo para o resultado da final não ser o que desejávamos, a equipa da guarda chegou.
- 11:30h – Grande final contra a equipa representante da Guarda, vitória sem espinhas do nosso adversário por 8-4.
- 13:00h – Regresso ao hotel com os ânimos bem mais calmos, já só ouvimos a 6 por 3 vezes e a 7 por 2.
- 14:20h – Almoço mais composto, com 2 pratos à disposição em virtude de termos a presença de colarinhos brancos na sala de refeições. A dose de vinho é que não aumentava. Entregar dos prémios aos participantes.
- 14:50h – Artur termina o 3º prato.
- 15:00h – Fim da almoçarada onde reinou a boa disposição e o convívio entre as delegações nomeadamente a nossa e a da Guarda onde me orgulho de dizer que demos um grande exemplo de como sabemos perder com dignidade da mesma forma que quando vencemos.
- 15:30h – Partida do Jeep do Manza com os mesmos tripulantes e do carro do Pedro. Grande festa à porta do Hotel ao som da 6 deixando todos os que nos observavam impressionados com a nossa disposição apesar da derrota.
- 15:45h – Partida da tendinha ao som da 7 deixando para trás um fim-de-semana para relembrar por muitos anos e para repetir já no próximo ano.
- 19:30h – Chegada a Lisboa após uma viagem tranquila e bem-humorada. Ficam em síntese os números desta jornada.
193 – Foram as vezes que ouvimos a música 6
125 – Foram as vezes que ouvimos a 7
83 – Foram as refeições que o Artur fez
375 – Foram os minutos que o Tiago passou ao telefone
13 – Foram as garrafas de 7 fontes que Pirs abriu
8 – Foram as crianças que desapareceram na Covilhã este fim-de-semana
0 – É o número de caixas de multibanco que existem na Torre.
5 – Foram as tocas de banho que Jon usou
27 – Foram as vezes que o 27 nos interpelou em relação às imperiais que alegadamente não pagámos.
59 – Foram os golos marcados na playstation do Xavi.
20 – Foram as vezes que o Pedro mencionou o nosso currículo a adversários.
11 – Foram as vezes que o Bambola trocou de roupa.
75 – Foram as vezes que o Lopes pediu a 7
18 – Foram os acidentes que o Câmara provocou
10 – Foram os kms que o Xavi correu a aquecer.
7 – Foram as vezes que o Kicas perguntou quem é o Kaiser Soze.
Inúmeras – foram as vezes que me ri a escrever isto!
segunda-feira, 1 de novembro de 2004
1 Ano
Por todas as razões e mais algumas queria vencer o campeonato nacional da Inatel que a minha equipa disputou este fim-de-semana. Para além das óbvias, tinha uma pessoal. Gostaria de ter vencido para dedicar a um amigo que partiu há um ano. Um amigo de infância que partiu de uma forma brutal e precoce, deixando todos os que o conheciam com um aperto no coração e limitados a recordá-lo com saudade.
Não vencemos mas de qualquer forma deixo aqui uma pequena mas sentida homenagem!
Um grande abraço Pedro
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