Ninguém na rua, na noite fria Só eu e o luar Voltava a casa quando vi que havia Luz num velho bar Não hesitei, Fazia frio, nele entrei Estando tão longe da minha terra Tive a sensação De ter entrado numa taberna De Braga ou Monção E um homem velho se acercou E assim falou Vamos brindar Com vinho verde Que é do meu Portugal E o vinho verde Me fará recordar A aldeia branca que deixei Atrás do mar Vamos brindar Com verde vinho P’ra que possa cantar Canções do Minho Que me fazem sonhar Com o momento de voltar Ao lar Falou-me então daquele dia triste O velho Luís Em que deixara tudo quanto existe P’ra o fazer feliz A noiva, a mãe A casa, o pai, e o cão também Pensando agora naquela cena Que na estranja vi Recordo a mágoa, recordo a pena Que com ele vivi Bom português Regressa breve e vem de vez
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