sábado, 16 de outubro de 2004

Que dia estranho

Ainda só passou metade deste sábado mas tem sido um dia bastante caricato. Acordei cedo para ir jogar, o ponto de encontro era, naturalmente, a pastelatia nilo em benfica às 8:40h. Encontrámo-nos para um pequeno-almoço revigorante e depois de um espiritozinho matinal deixámos o estabelecimento para iniciar a viagem até à Parede. Até aqui nada de estranho. Ao subirmos a Rua Cláudio Nunes temos o primeiro, e mais curioso, encontro imediato. Vestidos com os nossos fatos-de-treino do clube, cinzentos, brancos e azuis escuros, confundimos uma simpática senhora que nos interpelou com a seguinte frase - "Tripeiros de merda" - fiquei estupefacto e tive de abordar a senhora, da minha boca só saiu - "quê?" - ao que a agradável avozinha me esclareceu vincando o seu ponto - "Cabrões de tripeiros". Refeito do choque inicial de imediato propus aos meus colegas que convidássemos a senhora para sócia honorária do clube. Partimos em direcção ao pavilhão cuja localização exacta desconhecíamos. Primeiro um golpe de sorte, ao pararmos na portagem e enquanto discutiamos a melhor forma de chegar ao campo, eis que o rapaz que estava na portagem é o responsável pela nossa participação no torneio, de pronto nos indicou o caminho. Mas, como não ouvimos muito do que ele nos disse rápidamente nos perdemos. Pedimos indicação a um primeiro senhor que amávelmente nos orientou, mas foi no segundo que nova situação se deu. Ao fazermos a abordagem, respondeu-nos para fazermos inversão de marcha que já nos indicava. Ao pararmos, encostou-se ao carro e fez uma pausa, de seguida afirmou - "temos aqui uma situação" - no banco de trás, Bambola e João já mal continham as gargalhadas, 30 segundos depois o senhor recomeçou a falar e lá nos deu a correcta indicação para o campo. Já durante o jogo, duas situações anómalas a registar. Primeiro marquei 3 golos, facto pouco comum, mas o melhor estava para vir. Depois de 14 anos a jogar futebol, após passar por 3 equipas e sem nunca ter sido advertido com um cartão amarelo, eis que um jovem, sem qualquer equipamento de árbitro e pouco conhecimento das regras me atribui um cartão amarelo por ter perdido o calçado. O jovem esqueceu-se é que esta situação só é para cartão quando um jogador disputa a bola sem bota e não quando a perde após pontapear a bola como foi o meu caso. Anteriormente tinha também advertido o meu colega Lopes numa situação idêntica em que ele perdeu a bota por sofrer falta. De imediato abandonei o recinto por coerência com a minha consciência. Depois de uma vitória por 10-1 lá regressámos, de novo na Cláudio Nunes mais uma situação digna de nota. Eu e o João encaminhávamo-nos para os carros quando uma senhora que se parecia bastante com a alegre idosa do princípio da manhã, ao nos avistar se escondeu no seu chapéu-de-chuva. O João ainda tentou confirmar a sua identidade quando um "artista" ao fazer a curva para subir a rua põe a cabeça de fora e do nada dispara - " ó zézinho" - várias vezes agitando a cabeça de forma destemida e algo ameaçadora em direcção ao João. Depois de mais umas gargalhadas seguimos o nosso caminho e as aventuras deste dia terminaram...pelo menos por agora!

1 comentário:

Badasso disse...

Realmente a cena dos tripeiros foi incrivel. Ainda estou a ver a cara de nojo e ultraje da senhora quando nos apelidou de tripeiros do c#!^*/o!!! E 2 vezes para não haver engano.
Para mais tarde recordar.