quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Diário de Bordo II

Surpreendentemente acordámos todos bem no dia seguinte, admito que suspeitei que o "nosso" Inglês fosse um psicopata que nos iria limpar durante o sono... Enfim, lá deixámos a nossa mansão luxuosa, eu já ia com uma carraspana doida, o frio de Paris deu conta de mim...
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O primeiro ponto a visitar era... a Torre, desta vez de dia, parecíamos apostados em ver a senhora de todos os ângulos possíveis e em todas as horas... O objectivo era subir, depois de uma hora e meia na fila o fim desta estava a escassos metros quando... fecharam o acesso ao piso superior e lá nos tivémos de contentar com o segundo piso... Ainda assim a vista é impressionante e merece a espera. Muito pessoal, muita confusão e preços em conta lá em cima nas lembranças!
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Ainda pensámos descer a pé pela escadaria, felizmente a insanidade temporária provocada pela altitude depressa passou e lá descemos no elevador, segunda etapa do dia, passeio no Sena. O passeio ficou-se pela intenção, atravessar a ponte ainda atravessámos, o pior era a fomeca e a dor nas pernas que apertava, lá encontrámos um sítio para aportar e encher o bandulho (ou não), lasagna de Salmão não é o meu prato favorito... É o que dá não comer no Italiano...
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Já de barriguinha composta, o chamamento do corcunda era mais forte e Notre Dame aguardava ao fim da linha, mas pelo meio fomos dar a uma praça onde estava um pequenito hotel parecido com o nosso alojamento, o Hotel de Ville situado numa praça muito ampla.
Este edifício é mais um dos que salta à vista e analisado ao pormenor tem apontamentos deliciosos, achei que tirar esta foto a preto e branco era o ideal para a mística que o local contém.
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Mas já se via a torre bem famosa da Catedral e para lá nos dirigimos não sem antes parar numa loja de souvenirs, novelties, party tricks (hehe, um pequeno aparte), loja esta onde o Ricardo se viu assediado pelo empregado que ficou siderado a olhar os seus ténis, por momentos pensei que o homem fosse comprar os ténis ao nosso parceiro de viagem...
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Notre Dame esperava ao virar da esquina, como bons tugas que somos, ninguém o pode negar, apreciámos a fila para entrar e soltámos um uníssono e consensual "hesito", até que o Tiago se lembrou que ah e tal, falaram-me numa forma de entrar sem esperar, aqui convém acrescentar que desde a nossa chegada a França que só nos metíamos em filas o que tornava justa a artimanha, e lá entrámos pela saída onde uns amistosos franceses de ar afável nos brindavam com uma saudação local em que nos apontam o punho e gritam "Sortie, Sortie!!!" e apontam para a seta da saída, nós como pessoas respeitadoras que somos respondemos à saudação... A Catedral é bonita por dentro como o é por fora, certamente terá muitos mistérios por responder, como o de Sua Eminência o Cardeal que morreu duas vezes como esta placa atesta, o senhor deve ter pensado, ok eu morro mas como ainda tenho umas coisas para resolver vou lá mais 9 aninhos e pronto, a coisa faz-se...
Vista a Catedral, um lanchinho impunha-se e fomos calcorreando as ruas até descobrirmos o lugar ideal para uma fresquinha, com o brinde da ordem. Mais uma vez, o amigo Tuga era o empregado, um parceiro de Guimarães que nos deu mais umas breves dicas.
O Centro Pompidou foi a última paragem da tarde, onde assistimos a um espectáculo de rua engraçado. Depois o destino era mesmo o quarto, este já de 6, para a bela da banhoca e breve descanso antes da janta. Entupido o ralo e alagada a casa de banho restava-nos sair de mansinho em busca de jantar, fomos para a zona dos artistas e dos poetas, até ao Sagrado Coração, a subida do funicular levou-nos a mais um dos pontos altos da cidade que tem também uma vista magnífica. Também esta Catedral é muito bonita, sei que o constante uso do termo já cansa mas é mesmo verdade, a lembrar e de que maneira um dos monumentos de Barcelona, pela localização e pela concentração de pessoas na escadaria que dá acesso.
Descemos rumo ao jantar, desta feita para variar um pouco procurámos uma pizzaria e lá atracámos, alguns dos elementos quase espancaram o homem quando nos disse que não tinha cerveja mas tirando isso correu bem... Depois fomos até à zona do Molin Rouge e afins, zona bem frequentada... Muitos bares recomendáveis, infelizmente não entrámos em nenhum desses, apenas numa espécie de Irish, se não entrámos nos outros devo fazer uma mea culpa já que a minha constipação estava no auge e fui eu a querer abandonar a zona. Eu e o Bambi retirámo-nos mesmo para o Hostel já rendidos enquanto o resto da matilha fez um reconhecimento de St Michél, mas isso fica para outro diário...

1 comentário:

Anónimo disse...

"lasagna de Salmão não é o meu prato favorito... É o que dá não comer no Italiano..."

Lá está! Não havia necessidade. Sobretudo porque você é que escolheu o restaurante! E lasagna não se pode dizer que seja um prato tipico de França!!

"loja de souvenirs, novelties, party tricks (hehe, um pequeno aparte)"

Grande Top Secreat!! Só faltou encotnrar-mos o Deja Vu e e Du Bois!

"e lá entrámos pela saída"

Vais dizer que não conhecias a famosa entrada pela porta do corcunda??

"fez um reconhecimento de St Michél, mas isso fica para outro diário..."

Vais escrever o Diário do Mago II??

Tiaguinho Aguardando Desenvolvimentos