sábado, 10 de novembro de 2007

Diário de Bordo III

O terceiro dia em Paris levaria-nos até uma das maiores atracções da cidade, um dos maiores e mais importantes museus do mundo,o Louvre. Este era o meu ponto de eleição, aquela visita que justificava por si só a deslocação a esta cidade. Fiquei com este museu atrás da orelha desde que li o Código da Vinci, das primeiras coisas que notei quando entrámos nas instalações e me surpreendeu foi ver uma banca dedicada ao best-seller de Dan Brown... Achei curiosa esta abordagem populista da questão.
Saímos numa das estações de metro que dão acesso ao museu e a primeira impressão foi que nos estaríamos enganado, ruas vazias era uma imagem que não esperávamos encontrar nas imediações do mesmo. Mas as dúvidas que eventualmente existissem rapidamente se dissiparam, a área que o Palácio do Louvre ocupa, espaço onde se encontra o Museu, é enorme e prolonga-se por vários quilómetros. Algumas fotos na entrada onde está a polémica pirâmide de vidro e lá descemos, sem qualquer problema pois a fila era pequena e sempre a andar, ao contrário das informações que recolheramos. Já dentro do Louvre comprámos os bilhetes e uma vez mais as filas para entrar eram um simples mito, uma recomendação, não bebam café no Louvre...
No centro, 3 entradas apresentavam-se, a Richelieu, Denon e Sully, começámos pela primeira e desde logo nos dirigimos ao espaço que eu mais gostei em toda a visita, o das esculturas francesas, para além de ser uma zona mais ampla e iluminada do que obviamente as das pinturas, as obras propriamente ditas são espectaculares e de um detalhe magnífico, em mármore ou bronze gostei de todas, em particular de uma majestosa onde se encontram quatro homens cativos (não sei o nome), e outra do túmulo de Phillipe Pot carregado por oito monges, aqui fizémo parte da exposição ao tirar fotos ao lado dos monges e quase passávamos por estátuas... Mas a sério, esta estátua é uma das mais importantes desta secção do museu e gostei muito dela.
Mas este Museu parece não acabar e é mesmo impossível seguir um rumo certo, o facto de estar dentro de um palácio adaptado e não num espaço criado de raíz para o efeito, leva-nos a entrar por salas que se dividem em muitas outras salas e às tantas já não sabemos por onde entrámos, a sugestão que deixo para aqueles que como eu não são entendidos em arte é de se deixarem ir ao sabor da corrente e ir vendo sem se preocuparem em seguir um caminho pré-definido, ao virar de cada esquina e em cada sala surgem novas obras sempre interessantes. Como é exemplo esta que surge à direita com estes três imponentes bustos, um em mármore, o segundo em bronze e o terceiro de uma assustadora matéria desconhecida, atente-se no olhar esgazeado e morífero, parece até que esta demoníaca cabeça pende fora da vitrine...
São inúmeras as pinturas que enchem as incontáveis paredes, também as tapeçarias gigantes impressionam, enfim, este relato seria bem mais exacto e interessante se feito por alguém que perceba arte, eu apenas sei do que gosto, e gostei do que vi e de que maneira.
De manhã vimos ainda aquela que é por muitos considerada a principal atracção do museu Mona Lisa que está na sala 6 do 1º piso da ala Denon, já esperava que o quadro da senhora Gioconda fosse pequeno, mas também aqui as más-línguas exageraram, primeiro porque entrámos à vontade na sala, sem filas de horas como diziam, foi chegar e entrar numa sala que tem várias outras pinturas que acabam por ser ofuscadas pela presença da obra de Leonardo da Vinci, depois porque consegui em poucos minutos chegar ao limite de distância em relação ao quadro e depois porque não é um quadro que ocupe uma parede como outros neste museu, mas que se vê perfeitamente.
A barriga apertava e uma manhã inteira a percorrer a pé o museu deixava marcas, fomos procurar então um restaurante que encontrámos num quarteirão perto. Mais uma vez quisémos inventar e não comemos Italiano, resultado, uma amostra de bife e umas batatinhas... Depois de almoço a Garça e o Bonito não quiseram regressar ao Louvre e foram para outras bandas, os restantes regressámos para conhecer um pouco mais, vimos ainda a zona medieval do Louvre, a parte das antiguidades egipcias que deixaram um pouco a desejar e ainda outro dos pontos de referência, a estátua da Venus de Milo (Aphrodite) na zona das antiguidades gregas, também esta estátua merece a visita.
Quando saímos do Louvre o Bambi insistia em visitar a Fnac e fomos andando até uma estação de metro para sairmos na avenida dos Campos Elíseos, subindo a avenida uma paragem na loja do Paris Saint Germain e lá encontrámos a loja para o Bambi comprar as suas bandas desenhadas, logo por azar, fomos à única das várias Fnacs de Paris que não vende livros...
A próxima paragem era o Oops para recarregar forças para uma ida até à Pequena Atenas onde procuraríamos um restaurante Grego, após algumas voltas de indecisão fomos quase obrigados por um ameaçador senhor Grego para entrar no seu estabelecimento. Gostei do ambiente onde durante toda a refeição um dueto tocava e cantava canções gregas (presumo), e também apreciei a comida. Aqui, Bambi que passara a viagem a dizer-nos que era costume em Paris nos colocarem jarros de água na mesa, independentemente do que pedíssemos para beber, quase espancou um jovem que nos trazia 3 garrafas de água após pedirmos cerveja Grega, graças ao nosso companheiro de viagem o intimidado empregado levou a água de volta e nós passámos sede...
Depois lá pela zona que também é conhecida por St Michél, entrámos num barzito discreto onde bebemos uma cerveja duvidosa, de seguida entrámos noutro bar, este mais animado, com muita música, muita dança e muitas culturas, desde a nossa, a local e também a Peruana, é tudo o que há a dizer sobre este bar independentemente dos comentários que possam surgir aqui posteriormente...
Nada de melhor havendo a fazer nessa noite... aproveitámos o último metro da noite e lá fomos novamente para o Louvre para descansar, o último dia em Paris estava à espreita e tínhamos de nos preparar...

1 comentário:

Anónimo disse...

"Depois lá pela zona que também é conhecida por St Michél, entrámos num barzito discreto onde bebemos uma cerveja duvidosa, de seguida entrámos noutro bar, este mais animado, com muita música, muita dança e muitas culturas, desde a nossa, a local e também a Peruana, é tudo o que há a dizer sobre este bar independentemente dos comentários que possam surgir aqui posteriormente..."
Tiaguinho diz: ...