Agora sim, o comentário

Lá fui sexta à noite ver o melhor filme do ano para a academia, e saí muito satisfeito por diversos motivos. Antes de mais dizer que não li o livro de Cormac McCarthy, situação a rever. Do filme, uma violenta história, droga, dinheiro e um psicopata que é basicamente, um fixe! Javier Bardem voltou, já gostara bastante do seu papel em Os Fantasmas de Goya, mas aqui está mesmo em grande, penteado aparte... A sua arma é do melhor que já vi, não deve ser dotada de grande portabilidade mas é de uma eficácia que não deixa dúvidas!

As grandes prestações não se ficam por aqui, Tommy Lee Jones com uma calma brutal, apetece-me dizer que é a evolução natural de outros papéis que fez de agente da lei, como se fosse sempre a mesma personagem e que neste filme está à beira da reforma, já olhando para as coisas, mesmo os crimes mais sangrentos de uma forma bem mais madura e distante, pelo menos aparentemente. Josh Brolin também se portou muito bem, e até a rápida aparição de Woody Harrelson é de saudar.

Este filme tem diálogos deliciosos, tudo com uma simplicidade que só parece possível naquela parte do Mundo e dos Estados Unidos, perdida no fim do mundo, uma aparente calma que pode levar qualquer um à loucura! Uma vez mais tenho de destacar as falas do psicopata Bardem, que com aquela paralisia facial que parece ter quase que nem precisa da arma para limpar o pessoal, basta olhar.

O melhor que têem a fazer se quiserem ver o filme é não levar qualquer tipo de expectativas, fiquei entre divertido e com vontade de espancar algum pessoal que vinha de lá a fazer criticas que só se percebem vindas de pessoas que foram ver o filme pelo simples facto de ser o vencedor dos Oscares, sem pensar antes que sendo um filme dos irmãos cohen e baseado num livro à partida não deveria fugir muito disso. Foi o primeiro filme que vi destes realizadores, mas pelo que ouvira deles não esperava nada de muito diferente, principalmente o final que desilude muita gente, quanto a mim, nada contra, creio que se adequa na perfeição ao filme.

É de ver e fazer o juízo...