domingo, 2 de março de 2008

Lamentável

Infelizmente ontem passei por uma daquelas experiências que acabam sendo notícia nos telejornais quando as consequências são graves, o que para felicidade minha nao foi o caso. Senti-me mal quando estava perto da hora de me deitar, não conseguindo controlar a coisa vi-me forçado a pedir ajuda aos meus pais, e vendo que a situação só se agravava fomos obrigados a telefonar para o 112, depois de explicar os sintomas, rapaz de 26 anos, saudável está com fortes dores de cabeça, pálido, tensao arterial elevada, suores, coração a bater com muita força, com a sensação que vai desmaiar, o meu pai foi informado que seria enviada uma ambulância. Isto por volta das 24h, entretanto os minutos seguintes foram aflitivos, cada vez me sentia pior e ansiava pela chegada do médico. Depois de apanhar ar consegui acalmar-me, parei de tremer e o coração parecia mais calmo, nada de médico. Após meia hora o meu pai quis voltar a ligar e como me sentia melhor pedi para não o fazer, imaginando que pelo que tínhamos transmitido uma primeira triagem feita pelo operador tinha colocado o meu caso atrás de outros mais urgentes, o que seria uma situação normal. Mesmo sentindo melhoras continuava a precisar de cuidados médicos, ou pelo menos de perceber se era esse o caso, por volta da 1h a paciência esgotou-se e o meu pai voltou a ligar, para nosso espanto o operador informou que não tinha qualquer informação nem nenhum pedido de ambulância para a nossa morada... Depois de novo pedido nem 5 minutos os Bombeiros da Amadora demoraram a chegar, o que é normal neles, pela experiência recente que a minha família teve.
Tenho a sorte de estar neste momento a escrever o que se passou, porque nada de grave se passava comigo, mas e se não fosse o caso? Atenção, não estamos a falar de um caso que foi considerado menos urgente na triagem telefónica, mas sim de um pedido que não foi levado em conta, que caiu em esquecimento! Será isto admissível? Algo de muito errado se passou!
Não me ouvem criticar aos sete ventos bombeiros ou Inem, porque tenho um inesgotável respeito por estas instituições e suas pessoas. Responsabilizo exclusivamente a pessoa que não ligou à primeira chamada do meu pai. O que não me sai da cabeça é o que teria acontecido se algo de grave se passasse comigo, dá que pensar...

2 comentários:

inem disse...

Exmo. Autor,

O INEM dá a máxima atenção às reclamações. Por isso mesmo, caso seja seu desejo, sugiro que nos enviei uma reclamação para o endereço que abaixo se indica, fazendo um relato da situação, indicando o dia, a hora aproximada, a localização e ainda o número de telefone através do qual ligou 112.

Após recepção destes dados, iremos proceder ao levantamento de toda a informação relativa à ocorrência, analisar a informação recolhida e retomar o contacto, dando as explicações devidas.

Efectivamente, todas as reclamações são devidamente analisadas neste Instituto, pois essa é uma das formas que temos para melhorar continuamente a qualidade dos serviços prestados.

Melhores cumprimentos,

Ana F. S. Ros
Gabinete de Comunicação e Imagem
Instituto Nacional de Emergência Médica
Rua Almirante Barroso, 36 / 1000-013 Lisboa – Portugal
Tel. + 351 213 508 108 / Fax. + 351 213 508 183
e-mail: ana.ros@inem.pt
Internet: www.inem.pt

Paulo Rosa disse...

Agradeço o comentário, e devo dizer que estou pasmado com o mesmo pela simples razão que desconhecia que uma mensagem no meu blogue chegasse a ser lido por alguém ligado ao INEM.

Mas fico feliz por receber este retorno e uma vez mais agradeço a explicação pois assim sei quais os caminhos a tomar para apresentar o caso ou fazer uma reclamação, como se preferir.

Devo dizer que desde logo se ponderou essa atitude, aconselhada de resto por um dos bombeiros quando lhe explicámos o que se passara.

Assim vou proceder da forma que me aconselhou pois é do interesse de todos que estas situações não ocorram.